6.8.01

Morreu Jorge Amado.

Depois de tanta literatura pós-moderna, impossível não tirar o chapéu para o velho baiano que a indesejada das gentes, como dizia Manuel Bandeira, está levando de nós para sempre. Não vai fazer falta para os blasés, para os mudernos, para aqueles que não se dão conta de como a emoção é muito mais importante do que a estética. Capitães da Areia, Dona Flor, Gabriela, Tieta e Tereza Batista não são mais personagens, são arquétipos, são uma das poucas coisas que explicam o povo brasileiro. Sim, temos também outras vertentes, com Rubem Fonseca e Sérgio Sant´Anna, Fernando Bonassi e Fernanda Young, Paulo Lins e Rubens Figueiredo. Mas mesmo assim, vamos fazer um minuto de silêncio no ciberespaço, por favor. E pegar um bom livro do velho baiano que está nas nossas estantes para nos despedirmos da melhor forma possível de Jorge Amado: lendo suas histórias.