SPAM, a volta dos que não foram. Este título não é irônico: afinal, os SPAMs circulam pelaí desde que a Internet existe, e ao que tudo indica não vão parar tão cedo. Hoje minha paciência se esgotou. Recebi agora cedo um SPAM triste, conclamando os cidadãos honestos a lutarem contra a campanha antidesarmamento que (até que enfim) o Governo parece estar finalmente propondo, através de uma comissão mista de segurança no Congresso Nacional.
Não vou mais falar sobre isso aqui: dêem um pulo no blog da Rossana, que está lançando uma campanha anti-SPAM que promete ser bastante eficiente.

E o mundo não se acabou. Pois é, se até o Segundo Caderno do Globo caiu ontem num (ótimo) primeiro de abril do pessoal da revista Herói sobre a venda do Batman para a Marvel Comics (leia aqui), por que o degas aqui não cairia? O sacana do James Winscatchatchura postou ontem no seu Ranzinza que o fim do blog era apenas um trote. James, o chope continua valendo, mas depois dessa eu vou começar a te chamar é de James Mintchura (alguém aí lembra da Neuzinha Brizola?) :-D

O fim de um ranzinza. É com pesar que comunico o fim de um blog da minha lista de bacanas: o Ranzinza, do James Winscatchatchura. Trocamos alguns e-mails e o James me pareceu gente boa. Outro dia descobri que ele é parente do Marco Antônio Jr., o Bart, crítico de música, com quem trabalhei há alguns anos na Tribuna da Imprensa. Em seu post de despedida, o James diz que perdeu a ranzinzice, e agora está apático. Que essa apatia dure pouco, James, e que você possa voltar muito em breve a blogar, tanto no Ranzinza quanto no Chaostrofobia (o blog que ele criou como uma espécie de homenagem ao Homem do Castelo Alto, editado pelo Sr. K., que também matou seu blog há algum tempo). Vamos marcar um chope, James!

Direita, esquerda, volver! Aproveitando a recente onda de politização que se abateu sobre o Lanceiro Livre, destaco aqui a compra recente de mais um livro fundamental para compreender os séculos XX e XXI: trata-se de Direita e Esquerda: Razões e significados de uma distinção política, de Norberto Bobbio (Editora UNESP). Este italiano dispensa apresentações: um dos maiores pensadores políticos contemporâneos, é autor do excelente Dicionário de Política, publicado aqui pela UnB, e de Os Intelectuais e o Poder (UNESP). Bobbio discute se essas duas correntes políticas ainda existem, e se existem qual o significado delas nos dias de hoje. Livro fundamental para quem quer saber um pouco mais sobre as estruturas de poder que regem nosso cotidiano, e também sobre algumas das estruturas que se opõem ao poder constituído. Em um mundo onde as pessoas querem se fazer ouvir mas os mercados, por mais que se diga o contrário, ainda estão surdos para qualquer coisa que não seja a lógica do lucro, informação desse calibre serve para nos abrir os olhos.

Em tempo: hoje, trinta e oito anos do Golpe de 1964. Não é para comemorar.