Dica urgente para quem está no Rio: não deixem de ver Copenhagen. O texto de Michael Frayn - vencedor de 2000 do Tony, o "oscar" do teatro americano - ganhou uma excelente tradução de Aimar Labaki e interpretações primorosas de Oswaldo Mendes, Selma Luchesi e Carlos Palma. A história gira em torno do famoso reencontro entre o físico dinamarquês Niels Bohr (um dos pais da teoria atômica moderna) e seu ex-discípulo, Werner Heisenberg (o criador da mecânica quântica e do famoso Princípio da Incerteza, que leva seu nome) em setembro de 1941, na capital da Dinamarca, então ocupada pelos nazistas. Ex-amigos, agora em lados diferentes, Bohr e Heisenberg saem para um passeio - mas ninguém jamais soube o que eles conversaram então.
O jornalista e escritor inglês Michael Frayn propõe uma resposta - ou várias. Com base nas próprias teorias que os dois eminentes cientistas abraçaram ao longo de suas carreiras, Copenhagen consegue realizar um feito brilhante e dificílimo: conjugar ciência e arte de um modo bonito e fácil de entender. "Em língua de gente", como diz a personagem de Niels Bohr na própria peça. Copenhagen lembra outro texto já clássico do teatro, O encontro de Descartes com Pascal, de Jean-Claude Brisville, levada aos palcos brasileiros em 1987 com Daniel Dantas e Ítalo Rossi. Mas enquanto o encontro dessas figuras clássicas do século XVII era sempre contido entre os limites de uma certa racionalidade, o de Bohr e Heisenberg explode em monólogos comoventes, diálogos instigantes, aulas de ciência, ética e humanidade numa impressionante construção de texto e encenação.
A peça vai ficar em cartaz na Casa da Ciência, no Rio de Janeiro, até o dia 28 de outubro. No dia 2 de outubro, haverá um debate sobre Ética, Ciência e Sociedade tendo a peça como base. Eu estarei lá, e também vou assistir a Einstein, monólogo de Gabriel Emmanuel que rendeu a Carlos Palma (o Heisenberg de Copenhagen) o Prêmio Mambembe de melhor ator no ano passado.
Infelizmente ainda não existe um site da versão brasileira da peça, mas para quem sabe inglês, a que passou na Broadway tem. Ouvi dizer ontem que em breve haverá um site com informações sobre a peça em português, e que a tradução de Aimar Labaki será publicada em livro. Vamos torcer, vale a pena.
O jornalista e escritor inglês Michael Frayn propõe uma resposta - ou várias. Com base nas próprias teorias que os dois eminentes cientistas abraçaram ao longo de suas carreiras, Copenhagen consegue realizar um feito brilhante e dificílimo: conjugar ciência e arte de um modo bonito e fácil de entender. "Em língua de gente", como diz a personagem de Niels Bohr na própria peça. Copenhagen lembra outro texto já clássico do teatro, O encontro de Descartes com Pascal, de Jean-Claude Brisville, levada aos palcos brasileiros em 1987 com Daniel Dantas e Ítalo Rossi. Mas enquanto o encontro dessas figuras clássicas do século XVII era sempre contido entre os limites de uma certa racionalidade, o de Bohr e Heisenberg explode em monólogos comoventes, diálogos instigantes, aulas de ciência, ética e humanidade numa impressionante construção de texto e encenação.
A peça vai ficar em cartaz na Casa da Ciência, no Rio de Janeiro, até o dia 28 de outubro. No dia 2 de outubro, haverá um debate sobre Ética, Ciência e Sociedade tendo a peça como base. Eu estarei lá, e também vou assistir a Einstein, monólogo de Gabriel Emmanuel que rendeu a Carlos Palma (o Heisenberg de Copenhagen) o Prêmio Mambembe de melhor ator no ano passado.
Infelizmente ainda não existe um site da versão brasileira da peça, mas para quem sabe inglês, a que passou na Broadway tem. Ouvi dizer ontem que em breve haverá um site com informações sobre a peça em português, e que a tradução de Aimar Labaki será publicada em livro. Vamos torcer, vale a pena.