16.3.02

Imprensa marrom, informação de ouro. Um toque do Leonardo Ock-Tock que tomo a liberdade de reproduzir aqui: O blog Imprensa Marrom, do Fernando Gouveia (vulgo Gravataí Merengue), acaba de se transformar em site - e da melhor qualidade, diga-se de passagem. Eles se autoproclamam "marrons", mas o jornalismo que o Gravataí, Alec Duarte, Alessandro Song, Daniela Castro, Flávio Souza, Liana Ha, Marcos Lúcio e Marina Maldonado fazem de irresponsável não tem nada: criticam as falhas da imprensa com a tranqüilidade de quem não tem nada a perder. Fica a dica para quem gosta de ética no jornalismo.

Mas não confundam com o blog de mesmo nome editado pelo Samuca Andrade, hein? Samuca também bate um bolão - até porque imprensa marrom não é marca registrada.

e, pensando bem...

Será que o que nós estamos fazendo aqui, blog-jornalistas, não é um jornalismo marrom no melhor dos sentidos? Cartas para a redação.

15.3.02

Bruce Sterling e o direito de inutilidade da informação. Guilherme Kujawski cantou a pedra no seu Samizdat e fui conferir este artigo do Bruce Sterling sobre sua participação no South by Southwest Interactive, um mega-festival de música, cinema e Web que está rolando esta semana em Austin, Texas. Essa cidade, não por acaso, é a cidade natal do cyberpunk velho de guerra, que foi convidado para discutir "A morte da escassez". Sterling não poupa ironias ao e-biz: para ele, a Net é muita areia para o caminhão das grandes empresas. Bons mesmo são os blogs (e cita diversos que visita todos os dias, como o Boingboing.net), apesar de suas limitações , como o excesso de autoreferência - uma das características, aliás, sabiamente apontadas pelo Kuja em sua já histórica palestra no Itaú Cultural em 2001. Leiam já!

14.3.02


Itaú Cultural: novidades. Quem avisa é Ricardo Oliveros, editor do caderno de Mídias Interativas: já estão abertas as inscrições para o programa Transmídia, que apóia produções, projetos e publicações que buscam a convergência de linguagens, mídia e tecnologias. Mais detalhes aqui.

12.3.02

O frila, antes de tudo, é um mal-pago.Muito trabalho e pouco tempo, então hoje me permito reproduzir as sábias palavras da minha querida amiga Mermaid, de volta depois de um longo inverno:

Você gostaria de ser freelancer? É uma beleza! Te entopem de trabalho para ontem - daquele tipo que não dá para fazer para ontem.
Seu celular toca a cada três segundos: são "ELES" querendo saber como anda o trabalho, se vai demorar muito para entregar o trabalho, se você já terminou o trabalho.
Então, você passa noites acordada para cumprir o prazo maluco e finalmente entrega o maldito trabalho.

Alívio, né?

Alívio nada! Você cumpriu sua parte no acordo, mas quem disse que "ELES" querem te pagar?

Sua luta começa agora: cobrar pelos serviços prestados.
Não adianta ter assinado contrato. "ELES" não respeitam. Te enrolam durante três meses e reclamam quando têm de colocar a mão no bolso.

Quer saber? O freelance é um subempregado.


Assino embaixo.